Papicu e Cocó lideram volume de negociações ( parte 1)

Não obstante as incorporadoras venham privilegiando áreas periféricas na cidade e imóveis de menor valor - voltados para o público da classe C - os bairros Aldeota e Papicu/Cocó continuam no topo no volume de vendas na Capital. Na Aldeota, foram comercializadas 779 unidades, totalizando R$ 324 milhões, no ano passado. O preço médio do metro quadrado num dos bairros mais nobres da cidade foi de R$ 3.249,01.

No Papicu/Cocó - cuja linha divisória de valorização é a Avenida Santos Dumont -, a venda de imóveis bateu os R$ 299,9 milhões em 2009, com 988 unidades negociadas e preço médio do metro quadrado de R$ 3.580,70. Em seguida, ficou o Meireles, com R$ 263 milhões, 576 unidades e preço médio por metro quadrado da ordem de R$ 4.261,64. O levantamento traz ainda o Porto das Dunas, com R$ 86 milhões, 277 unidades e metro quadrado a um custo de R$ 3.330,93.

De acordo com Sérgio Porto, o metro quadrado na Beira-Mar ainda é o mais caro de Fortaleza, podendo chegar a R$ 8 mil, nos pontos privilegiados. Mas uma comparação com outras orlas, segundo ele, pode não ser fiel. "Na Avenida Atlântica, no Rio, o preço do metro quadrado vai a R$ 30 mil, por exemplo. Segundo disse, o Meireles - que considerou separado da Avenida Beira-Mar, é a segunda metragem mais cara.

"Claro que o perfil do mercado imobiliário está mudando radicalmente com a chegada da classe C às compras mas ainda há este adensamento em áreas cons", frisou. Maraponga, Messejana e Montese são os chamados bairros emergentes. Ele acrescentou que as construtoras e incorporadoras estão procurando fazer seus empreendimentos em bairros menos valorizados mas com infraestrutura.

"O preço do terreno ainda não é um insumo tão caro para as classes média e alta. O problema de fazer projetos para a classe C é a falta de saneamento. Para se ter uma ideia, 40% da Capital não tem este serviço", explicou. A falta de saneamento, ainda segundo ele, é o entrave ao crescimento do mercado imobiliário no Interior.

Locação

O Secovi-CE não dispõe de números consolidados sobre o mercado de locação no Ceará, mas as imobiliárias têm muito a comemorar com esse volume de vendas do setor que atingiu R$ 1,48 bilhão no Estado, em 2009. Com a melhoria do poder aquisitivo da população nordestina, um novo horizonte começa a aparecer para a região e toda a cadeia imobiliária lucra.

"Como no Sul e no Sudeste já estamos com um mercado saturado, acabamos enxergando o Nordeste como uma boa oportunidade. Chegamos primeiro em Salvador, depois em Recife e, desembarcamos em Fortaleza no ano passado", disse Márcio Erli, gerente regional da Apsa. A empresa carioca tem escritório em Fortaleza desde fevereiro de 2009 e hoje possui carteira de mais de 2 mil imóveis alugados na Capital cearense.

"Acreditamos que, em médio e longo prazos, esse crescimento no volume de vendas de empreendimentos e de unidades residenciais no Ceará resultará em boas oportunidades para o mercado de locação e administração de imóveis, sobretudo na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)", prevê Erli. (SC)

Divulgando uma Ótima banda do Ceará, Mafalda Morfina...