BECO DA POEIRA

Os permissionários já foram removidos do local. Novos boxes estarão abertos ao público a partir de sexta
Os permissionários do Beco da Poeira tiveram até ontem para realizar a retirada de suas mercadorias do local, cuja demolição deve começar ainda hoje, logo após a vistoria da Defesa Civil do Município. Tratores já trabalham numa parte do prédio em que não havia boxes. Tapumes cercam a área que servirá como canteiro de obras da Estação José de Alencar do metrô de Fortaleza.

Na manhã de hoje, uma reunião entre representantes dos permissionários e Prefeitura definirá o destino do telhado que cobre o prédio (feito de ferro), o qual deve ser vendido como sucata. A expectativa é que o processo, incluindo a retirada dos entulhos, dure cerca de 15 dias.

A transferência dos 2.050 comerciantes do Beco da Poeira para o novo Centro de Pequenos Negócios e Vendedores Ambulantes (CPNVA), na Avenida Imperador, onde funcionava a fábrica Têxtil Thomaz Pompeu, começou na manhã do último sábado. Não houve resistência, mas, desde então, parte dos permissionários ocupa o "Esqueleto", prédio que deveria ter sido construído pela Associação Profissional do Comércio de Vendedores Ambulantes do Estado do Ceará (Aprovace) com dinheiro dos permissionários, em terreno cedido pelo Município, mas que hoje não passa de uma estrutura de concreto abandonada. Ali não há paredes nem energia elétrica. A higiene é precária e o mau-cheiro incomoda.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal, presentes desde o início da remoção, não impediram a entrada dos permissionários, mas, agora, controlam o acesso ao local. "Estou aqui desde sábado lutando pelos meus direitos. Se sair, eles não deixam mais entrar", disse a permissionária Edite Alves, uma das que investiram no chamado "Esqueleto". Parte dos manifestantes iniciou greve de fome. Eles pedem um posicionamento da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) para o impasse em torno do projeto.

Prefeitura
Por meio da assessoria de imprensa, a Sercefor informou que a abertura do CPNVA ao público está marcada para a próxima sexta-feira. Até lá, os permissionários trabalham na limpeza do local e arrumação das mercadorias. Disse ainda que a pendência deles com a Aprovace deve ser resolvida na Justiça. A Secretaria ressaltou também que, conforme o Termo de Cessão de Uso nº 01/2010, o terreno onde fica o prédio em questão foi cedido ao Governo do Estado. A validade é de 30 anos, podendo ser prorrogada por aditivo. O Governo do Estado deve construir no local um restaurante popular e uma unidade de prestação de serviços.

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